Eu sempre saí ou namorei com mulheres mais velhas. Acho que por ser precoce, as da minha idade ou mais novas sempre pareciam muito chatas.
Mas, já com meus vinte, comecei a namorar uma garota de 15. É, eu sei, muito nova, mas ela era diferente. Tinha mais maturidade que a maioria da idade dela, chegava a ser melhor que várias de 18, 19.
Porém, ela tinha uma inocência, típica de garotas do interior. E como a internet era algo mais difícil de se ter em casa, completamente diferente de hoje em dia, ela não tinha.
E num desses e-mail de corrente, tinha um que era uma história romântica linda. Nessas, eu quis ser o namorado romântico, e imprimi pra levar pra ela.
Só que eu não prestei atenção e não li até o final. Se eu tivesse lido, saberia que a menina do texto se mata. Além disso, ‘se você não enviar para 12 pessoas, você sofrerá o mesmo que aconteceu com ela’.
No dia seguinte, ela me liga:
– É sério isso?
– Isso o que?
– Essa carta, tem que fazer o que está falando?
– Tem meu, não tem jeito, o que tá aí tem que fazer.
– Tem que ser colorido?
– Sim, do jeito que tá aí.
E fui abrir o e-mail pra ler. E cara, eu ria de não conseguir trabalhar. Coitadinha. Ela xerocou colorido, 12 cópias, entregou pra 12 pessoas. O pior, todas as amigas dela fizeram o mesmo.
Resumindo, ela não dormiu direito com medo de morrer igual a menina da carta. Ela e as 12 amigas dela. Sem falar nas outras múltiplas que receberam a cartinha.
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