De repente, um deles dá um gemido, vira-se pro outro ao lado e diz:
– Ai, ai, ai, preciso arriar um barro… Precisamos descer!
– Você está louco! Vai demorar a vida toda – fala o colega.
– Mas eu não tô aguentando mais, cara! Não vai dar tempo de descer!
– Então, bata na janela e peça pra senhora deixar você usar o banheiro!
É o que ele faz. Assim que a senhora permite a sua entrada pela janela, ele voa para o banheiro.
Está lá o cara, tranquilo, fazendo suas necessidades, quando ouve uma gritaria danada. Quando sai, vê que o andaime tinha quebrado e os dois amigos tinham se espatifado no chão.
No dia seguinte, no velório, estão lá os amigos, as viúvas inconsoláveis e o cara acompanhado da esposa, quando chega o dono da empresa onde trabalhavam imediatamente todos fazem silêncio.
O empresário começa o seu discurso, dirigindo-se às viúvas:
– Sei que foi uma perda irreparável, mas posso, pelo menos, tentar aliviar tamanho sofrimento. Isso nunca aconteceu em nossa empresa que sempre pensou na segurança dos funcionários. Eu me sinto muito triste e ajudarei em tudo que puder as viúvas. Como sei que as senhoras pagam aluguel, darei uma casa para cada uma. Também sei que as senhoras dependem de ônibus; por isso, darei um carro pra cada uma. Quanto aos estudos de seus filhos, não se preocupem mais, pois tudo será por conta da empresa até que terminem a faculdade. Para finalizar, as senhoras receberão todos os meses 3 mil reais, para as comprinhas da “cesta básica”.
A mulher do sobrevivente, já meio arroxeada, não se contendo mais, belisca o marido e fala:
E O BONITÃO CAGANDO, NÉ!!!
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