Não entendo como coisas que já passaram há muito tempo atrás voltam a tona assim, sem explicação.
Um belo dia, muitos anos atrás, onde a maioria de vocês, pivetes ‘restartianos’ eram pequenos ramelentinhos, eu já trabalhava.
Quando vocês pensam que sabe tudo de computador, na época eu dava suporte a Windows 98 e mal tinha saído o Windows 2000.
Antes de qualquer comentário sobre idade, tenho menos de trinta, mas sou um nerd atualmente geek e eterno cdf.
Bom, voltando ao interessante, estava eu pegando um ônibus no terminal Santa Cruz, que fica dentro do Shopping Metrô Santa Cruz, em Sampa.
Peguei a fila do bumba e esperei o próximo pra poder sentar na janelinha. Entrei, sentei naqueles bancos que só tem 1, logo, não precisaria dividir com ninguém e não precisaria encolher as pernas.
Estava tudo indo maravilhosamente bem no meu mundinho de trabalhador pobre da Zona Leste.
Uma tia, mais de 30 fácil, entra no buzão cheia de sacola. A filha da puta, lazarenta, tenho certeza que foi de sacanagem, chega e para ao meu lado e começa a bater as sacolas em mim.
Fiquei puto! Olhei pra cara dela:
– Quer sentar tia?!
E a vaca, na maior cara de pau:
– Ah moço, deixa, você chegou primeiro.
Eu fiquei mais puto ainda, odeio gente que se faz de coitado, de vítima das circunstâncias sabe.
Usei minha educação e levantei:
– É, então para de bater essas porras em mim caralho, puta que pariu viu !
E desci, voltei pra fila pra pegar o próximo.
Uns 10 minutos depois, uma gritaria dentro do bus. A tia com as sacolas em riste:
– Não tenho que aguentar esse tipo de coisa, aquele muleque filho da puta me paga!
Tenho quase certeza que ela estava falando de mim…
Ela desceu, parecia encorporada da pomba-gira e com caganeira.
– Cadê aquele viadinho?
E olhando pra mim perguntou:
– Foi você que me ofendeu lá dentro?
Rindo horrores disse:
– Claro que NÃO.
Ou você pensa que eu iria assumir o que fiz pra uma maluca cheia de sacola? HAHAHAHAHAHHA…
Quando ela virou pra sair andando, eu dei um totozinho nela. Isso, um leve toque no pé que estava levantando. Ela caiu que nem bosta no chão. Arrebentou as caixas que segurava, porque caiu em cima delas.
O terminal veio abaixo, a galera ria que se mijava.
Eu, dei uma de John Armless profissional, olhei assustado, tentei ajudar e sai de perto, deixei as outras pessoas ajudando a tia louca.
Voltei pro buzão:
– Deixa eu entrar antes que essa tia mude de idéia e volte.
E, apesar de ter enchido, meu lugar continuava lá.
Hoje, muitos e muitos anos depois, vindo trabalhar, sentado em um banco igualzinho ao que eu estava anos atrás, quem vem bater as bolsas em mim?
SIIIIIM meu amigo, SIIIIM minha amiga.
A tia (hoje velha) doida.
Bateu duas vezes em mim.
Dei uma pUUUta olhada feia pra ela, reconheci a maledeta e levantei, agora sim, britanicamente, praticamente um gentleman:
– Pode sentar senhora.
Na hora, olhei e vi que já tinha de descer.
Olhei bem pra cara dela e disse:
– O tempo passa e você não muda heim ô sua velha filha da puta.
Desci o mais rápido que deu. Fiquei olhando pra ver e ela me xingava como se fosse pular pela janela do bumba.
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