Muitos de vocês devem estar pensando: “o cara tá escrevendo coisa religiosa agora?”

Bom, depois do texto “Levanta que eu enfio”, bem que eu precisava, mas não, não é sobre religião.
De fato, foi uma puta mancada que dei.
Mas dessa vez não foi com deficientes, velhas ou afins. Foi uma mancada como homem. Como homem pegador que um dia fui.

Leiam e vejam a vacilada.

Há alguns anos, nós montávamos a rede de vôlei na rua pra jogar. Amarrava uma ponta numa árvore e a outra nos portões do outro lado da rua. Os portões eram (ainda são) dos camaradas que jogavam com a gente.

Passa um Uno branco, 4 minas dentro. 5 minutos depois, passa o Uno novamente e de novo outros minutos depois.


Na quarta vez que elas passam, param. A mina que tava no piloto (a mulher que dirigia o carro) me chama e pergunta:

– Aqui é o Paraíso ?!

Preciso continuar? Preciso mesmo? 
Aposto que o Aniel está se mijando de rir lembrando dessa história. Ele sempre conta essa.

Bom, eu… Putz, que mancada. Nem sei como continuar. Vamos lá vai, já que eu to aqui mesmo…

Eu, apoiado na janela da motorista, quase dando um beijo nela, respondo: 
– Bom, você tá na Vila Prudente, o Paraíso é longe daqui.


Agora entendam, em São Paulo, na capital, existe um bairro que chama Paraíso. Eu me confundi, foi isso.
Na primeira resposta, o Aniel me dá um chute de leve. Eu olho pra ele meio bravo e ele diz:  
– Mano, não viaja, cala a boca.

Aí vem a segunda parte da mancada:

– Se liga mano, a mina tá perdida!

Puuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuutz. Sim, eu disse isso.

Elas riram, a mina que dirigia me deu um selinho e foram embora.
Isso foi o começo do meu fim naquele dia. O filho da p*ta do Aniel saiu gritando pra todo mundo (tinha uns 30 muleques na rua) o que eu tinha feito.


Depois dessa, nunca mais esqueci onde fica o Paraíso.
 
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