E aeeeeee Omonautas…Tranqüilo como grilo?
Na coluna de hoje, é a vez do cinema brasileiro. Chico Xavier, O filme que transformou as filas do cinema no Brasil em porta de bingo.
Olha, meu amigo, eu nunca, mas nunca, tinha visto tantas pessoas acompanhando idosos em uma sala de cinema, quanto esta vez que fui assistir esse filme, Eram adultos acompanhando seus pais, eram adolescentes acompanhando seus respectivos avós, eram idosos acompanhando outros idosos. O fato é que me espantei ao ver tantos cabelos brancos na minha frente. Eu pensei que era a revolta da dentadura.
Este é um filme em que as redes de cinema no Brasil vão ganhar muito em bilheteria, mas pouco em pipocas… Sabe como é, né? Pipoca e dentadura não combinam muito, Às vezes o milho não cozinha direito, fica duro e difícil de sair depois…Dá aquela trabalheira…
Bem, brincadeiras a parte…
Ao acabar os trailers devidamente colocados (aliás, preciso assistir Alice no país das maravilhas em 3D).
As questões que vieram à cabeça foram:
Fraude ou Mito?Charlatão ou Santo?
Perguntas estas, que todos se faziam quando Francisco Cândido de Paula Xavier era vivo que, aliás, até hoje são feitas por aqueles que tomam conhecimento de seus feitos. Daniel Filho (Se eu fosse você 1 e 2) traz as telonas, a biografia do Médium Espírita Chico Xavier, baseado no livro: “As muitas vidas de Chico Xavier” de Marcelo Souto Maior.
O filme se passa ao longo de uma entrevista dada por Chico à extinta rede de televisão TUPI, em um programa chamado “Pinga Fogo“. A partir daí, dava-se entrada a flashbacks que explicavam parte de sua vida, desde a infância em Pedro Leopoldo. O filme mescla todos os momentos principais da vida do Médium com seus relatos no programa de TV, somado a isso, Daniel Filho colocou (brilhantemente) um drama em paralelo, o de um casal (Christiane Torloni e Tony Ramos) que perdeu o filho em uma brincadeira com seu melhor amigo.
O longa traz para nós, expectadores, uma emoção resultante da trilha sonora + atuação, é realmente incrível ver como Ângelo Antônio se adequou ao personagem e como convenceu.
Ao término do filme, uma das coisas que também me espantara, foi o fato de ninguém sair aos créditos, pois passava a entrevista do Chico Xavier na íntegra ao programa “Pinga Fogo”, e de todos, ao fim dos créditos, terem batido palmas…
Eu acho que o cara que põe o filme no ponto do projetor nunca se sentiu tão feliz em toda sua vida.
Este é um filme para crentes e descrentes compartilharem o mesmo lenço.
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