Salt

Exagerada… Beiços grandes… Poker face’s mistress… 

Não sabem ainda de qual atriz eu estou falando? 
Tsc tsc tsc… 
Então significa que você ainda não viu o filme “Salt” (“Coat” na versão internacional).

Sim, a maestra da sedução, a encantadora de pomba-giras, a leoparda com lábios carnudos, ataca novamente.

Antes de começar a zoar o filme, continuemos a zoar a nossa anfitriã dos grandes feitios: uma mulher que corre, uma mulher que espiona, uma mulher que faz armas biológicas, uma mulher que voa. Cá entre nós, a Angelina já tá ficando velhinha pra esse tipo de filme. Como se já não bastasse o Stallone usando os últimos poderes místicos dos programas de atenuação de idade pra fazer um filme no Brasil (!), Dona Angel me vem com essa. Daqui a pouco aparece a Hebe fazendo longa da Mulher Maravilha. E teremos de gostar pra não ganhar unfollow.

Mas vamos ao que interessa: o filme. 
O começo é estranho… A CIA aceitar chantagem de um nerd que estuda aranhas!? 
A CIA caça aliens, mata chupa-cabras, acha vestígios do Michael Jackson em criancinhas e aceita chantagem de pessoinhas?! 
Sentiram o paradoxo no ar? 
Bom, sendo sortuda ou não, ela ainda se casa com o sujeito. Até aí, nada normal, nada mesmo. Quando em sã consciência eu vou ser um espião e vou me casar com uma quitandeira?
Isso é assassinato! 
É óbvio que ela vai morrer mais cedo ou mais tarde! 

Porr* Jolie, porr*!

De repetente, no meio da tarde, de boassa, chega um nego doido e diz que ela é uma espiã russa. 

“Evelyn Salt, you are a russian spy”. 

Ele virou o jogo, a moça tira 20 minutinhos pra um interrogatório de rotina, nada de mais, só um assassinato de um presidente, e se transforma na vilã em menos de 10 minutos. Daqui pra frente, ela morpha, vira uma Ninja Power Ranger. Sério.

O filme todo se resume na captura dela e na proteção do presidente mais no final. Não digo que foi batido, pelo contrário, achei a história até original. Mas as cenas foram bem conhecidas. A primeira façanha foi construir uma bazuca com o pé de uma mesa, extintor de incêndio, pinho Sol e detergente Ypê. Vou falar pra minha mãe nunca usar um extintor enquanto estiver dando faxina no banheiro, gosto muito dela.

Segunda proeza: escapar depois de voltar pra sua própria casa. Ela anda a alguns metros de altura com uma mochila nas costas, naquela idade. Depois VOA do viaduto e cai na carroceria de um caminhão em movimento. Isso sim, batido que nem omelete. E não satisfeita (ou o diretor não ficou satisfeito, pois a cena poderia ter sido reivindicada pelo Stallone por plágio (acho que ele já consegue fazer ela sem dublê de tanta experiência)) ela pula desse veículo para outro, em outra via. Evelyn Culllen. Seguindo-se, ela é encurralada, pega uma moto e consegue fugir.

Esse texto está ficando maior do que eu imaginava, então vamos acelerar. Agora ela incorpora o exterminador do futuro, bate bagarai e consegue “assassinar” o presidente russo. Claro, se não tivesse aprendido pelo menos esse truque com o nerd do marido ficaria difícil de suportar a história. Salt é capturada, mas consegue fugir de uma maneira tão exagerada, que eu fico me lembrando da cena com todos os detalhes: com uma arma de choque elétrico ela controla a aceleração do carro através do corpo do motorista. Arrebenta 3 carros, foge de vários policiais, joga o camburão do viaduto, não se machuca, consegue tirar as algemas, e sai caminhando… 
Só faltou assobiar. Não, sério, Evelyn Salt deixa Bond no chinelo.

Agora indo em direção à Bat-caverna, os seus comparsas assassinam seu marido. Claro, morrem todos. Estamos lidando com Salt, mulher de Chuck, temei. Depois de tanta morte eu já não estava entendendo nada. 
Essa vadia era ou não era do mal? 
A mulher matava tudo que via na frente ué!

O final do filme me lembrou Missão Impossível, só que sem a gota de suor. Tom Cruise deve estar orgulhoso, ou invejoso. Agora vou comentar de modo mais indireto, pra não revelar como tudo termina pra quem não viu o filme ainda. 
Como os EUA confiam misseis nucleares a seus presidentes? 
Isso é coisa de socialismo!
Presidentes vem e vão, um poder desse não pode ficar na mão desses aproveitadores políticos! 

Imagina o nosso candidato vampírico com um poder desses, Taylor Lautner e sua corja estariam com os dias contados.
Sem rumo, sem família, sem nada a perder, Salt é solta pela pessoa que menos confiava nela e o filme acaba com sua queda em mar aberto. Não podia ser uma fuga fácil pra a Mrs. M da escapatória. 

Ela é muito, muito fod*. Muita gente ficou me criticando quando disse que gostei do filme, mas fiquei fã da personagem, pelos exageros mesmo! 
Quando uma mulher da idade da minha mãe poderia ser uma superespiã temida por duas nações? 
Em 2012…