E aeee, Omonautas! De buenas?
Bem, você deve estar estranhando que eu esteja falando sobre filmes novamente aqui. É que eu não consigo negar um pedido do Ilustríssimo Sr. Rogério “Stallone” Princiotti, também conhecido pela alcunha Omoristas (Hummmmmmmmm, boiola). Embora eu esteja em meio de várias ocupações, achei conveniente o pedido, até porque, me empolguei em falar sobre Tropa de Elite 2.
Então, o filme já começa com um subtítulo intrigante, “O inimigo agora é outro”, seria ele, a pirataria? NOT!
Para mim, o inimigo são os filmes espíritas que estão dominando as salas de cinemas. Chico Xavier que me perdoe, mas espero que saiam mais filmes como Tropa de Elite do que “Nosso Lar” . Aliás, parece que os traficantes mortos nas favelas do Rio de Janeiro vão fazer uma ponta de figurante na continuação de “Nosso Lar” (Sacou? Ponta? Figurante? Nosso Lar? Anh, Anh! 😉 .
Bem, mas vamos ao que interessa:
Quem que a Marina vai apoiar nesse segundo turno, hein?
Esta película é a continuação do sucesso “Tropa de Elite” que se passa no Rio de Janeiro dos dias atuais, o Capitão Nascimento (Wagner Moura) 15 anos mais velho, agora, ele não encarará o tráfico na linha de frente, o comando do front é do Capitão Matias (André Ramiro), que põe tudo que aprendeu no curso do BOPE em prática.
Logo no início acontecem flashes do primeiro filme, junto com a trilha sonora que marcou o mesmo, me pareceu mais uma abertura de seriado, mas como este filme é uma produção Globo Filmes, não me surpreendeu… Ficou tosco, mas deu pra empolgar. Há um breve release do que aconteceu no filme passado, isso para você que tem a memória curta ou não tem Tele Cine Pipoca, lembrar um pouco da história do filme, narrado pelo Nascimento.
Após estes 5 minutos de túnel do tempo, o filme parte para ação, a história gira em torno de uma situação, que muda o destino de Nascimento, Matias e Fraga.
E aí você me pergunta: Quem é Fraga, manolo?
Fraga (Iradhir Santos) é um ativista dos direitos humanos, que não aprova os métodos da instituição policial BOPE. Nele também estará expressa a voz de todos aqueles que são contra a violência e métodos repressivos truculentos, trazendo esta visão que ficou esquecida no primeiro.
Wagner Moura está mais uma vez ótimo, agora que está mais velho, sua “baianidade” ajudou muito a compor o personagem, calmo e com todas as suas ações muito mais bem pensadas do que antes, Wagner como Nascimento traz um tom muito mais político do que guerrilheiro… É, não só ele, mas o filme todo. Sim, amigos, o filme parte para a politicagem, mas não em um tom pejorativo, a politicagem no sentido de mostrar todas as faces do SISTEMA!
AAAAhhh, O SISTEMA, quem melhor para falar dele do que o Nascimento? Só mesmo o Tiririca não é verdade?
Então como a opção foi o Nascimento, ele não poupou nenhuma fatia da sociedade, do povo até ao congresso, todos tiveram sua parcela de culpa.
Além de toda a sagacidade de Nascimento, as pitadas de humor estão presentes de novo, e novamente na boca de quem?
Ele mesmo, Comandante Fábio (Millhen Cortaz), Lembram dele?
“Tu quer me foder, aspira?”
Agora ele traz expressões que facilmente se tornaram bordões ditos por todos, por exemplo, como você diria que o cara ta se achando o melhor de todos?
Você eu não sei, mas ele diria: “Ele ta se achando o pica das galáxias”
Ou, dizer que outra pessoa está fazendo maluquice, bem, ele diria: “Tá de pombagirice?”
Expressões a parte, outro personagem que não deixou a desejar foi Beirada (Seu Jorge) ele faz uma pequena participação, mas brilhante como sempre.
Personagens de lado, o filme conta com tomadas espetaculares do Rio de Janeiro e áudio espantoso, de fazer você não desgrudar da poltrona, faz realmente parecer que você está em meio a guerra na favela. Aliado a isso, o roteiro traz um história muito bem atrelada e bem objetiva, mais uma vez ponto para José Padilha que conseguiu reunir todos os temas abordados no primeiro com consequencias graves no segundo filme (Milicias e Políticos).
O filme no geral, traz todas as faces do sistema e com aquele mesmo tom de indignação que acompanhou o primeiro. Com o mesmo repúdio quando falado em traficantes, Tropa de Elite 2 mostra agora, que todos, não são só aqueles que moram em favelas, tentam se dar bem na vida.
Tropa de Elite 2, também subverte várias falas clichês do mundo do cinema brasileiro, por exemplo:
“Quem disse que a boca é tua”
Vira: “Quem disse que a comunidade é tua?”, dito pela boca de um Miliciano, o que é realmente atual.
Há carnificina, sangue, ódio, tráfico, corrupção e muito TIRO.
E pra você que não gosta de filmes como estes e preferem histórias lúdicas e “bonitinhas”, fica aqui a dica: “A lenda dos Guardiões”.
Bom filme pra você!
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